Máh Luporini

Máh Luporini

 

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mairaluporini@gmail.com

    
 

Lembranças Perdidas


Deito em um campo verde
Observo as horas mortas da noite
Mergulho em meus pensamentos
que como a onda do mar
trazem lembranças perdidas
que guardo numa gaveta
trancada a sete chaves.
Desperto com o toque suave
da brisa,
Hoje, vivo na incerteza da vida
como uma folha seca que o vento carrega.


 PENSAMENTO

Vivo como o vento,

Não sinto meu pensar.

A poesia é meu ópio na melancolia 

de rendas noturnas.

Versos rebentem

no meu jardim sombrio.

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GRITOS DE SOBREVIVÊNCIA

Não sei ficar um dia sem ler. Durmo e Acordo com um livro nas mãos.

Estou lendo atualmente a biografia de Pablo Neruda, "Confesso que Vivi".

Quem ainda não teve a oportunidade de ler, leia.
A poesia, as palavras mágicas e penetrantes

é que me faz a cada dia despertar para a labuta diária.

Sobrevivo como posso. Uns dizem que sou "vagabunda",

que não faço nada. Enfim, não devo satisfação

da minha vida a quem quer que seja.

Luto com dificuldade, trabalho e muito,

ninguém precisa ver o que faço. Dou meus gritos, pulos na sobrevivência.

Durmo tarde e madrugo na Serra da Mantiqueira

junto com um galo branco que canta para me despertar, no quintal de minha casa.
Ás 5 da manhã, ele começa a cantar. Sou estranha para muitos e fantástica para outros.

Não posso agradar gregos e troianos. Sou quem sou. Inimigos, não há, se tiver não sei.

Busco a sinceridade diária, a verdade. Muitos hoje usam máscara,

se escondem atrás de um casamento terminado, de uma desilusão amorosa.

 Meus caros, quem me conhece que me decifre.

A poesia, o encontro entre os poetas, escritores acho essencial debater

o que cada um sabe, pois todos nos estamos aprendendo,

"e somos aprendizes de poeta".



Fica meu convite a todos que visitam meu blog, para participarem do

SARAU DAS SEXTAS EM TAUBATÉ, ÁS 20 HORAS.
VAMOS NOS ENVOLVER COM A MAGIA E O ENCANTO DAS PALAVRAS!
 

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Confissões I

Tenho passado por situações em minha vida

que não sei como explicar,

 dúvidas existenciais. 

 

Começo aqui com um verso do meu guru

Fernando Pessoa que dá voz á Bernardo Soares

no Livro do Desassossego que diz:

" De repente, estou só no mundo"

 

 É assim que tenho me sentindo ultimamente.

 Seres humanos são complexos,

 horas querem, horas não,

 mudam constantemente de opinião.

 

Não consigo me encaixar dentro de tudo isso.

Não sou normal, também sou muito complexa

 em relação a vida, amores, etc.

 

Se nós jogamos para a vida,

o tombo é dolorido e se ficamos

neutros em relação a ela, sentimo-nos sós.

E então, o que fazer? Não sei como reagir.

 

Fantasmas me surgem cotidianamente,

 sombras inquietas me surgem no silêncio adormecido.

 Se durmo, elas me assombram,

se acordo a claridade,

as pessoas me assombram.


Queria ter asas para voar

como uma borboleta sem destino

 ou um pássaro que não tem certo o seu pouso,

me fariam feliz.


Veria o mundo do alto das campinas,

 teria o silêncio e o azul vago sobre mim.

E no fim teria um descanso,

 como as flores do meu jardim.

Máh Luporini


 

Poeta

Ser poeta,
é árvore que não tem tempo
certo para gerar frutos.

Máh Luporini



 

Renascer

Habita-me uma manhã,
que renasce todos os dias.

Máh Luporini

http://www.selmovasconcellos.com.br/colunas/entrevistas/mah-luporini-entrevista-no-388/