Erika Lima

Erika Lima

Erika

 

   

 

 


 

   

 

Assalto

 

Ele me olha insano

Sem medo, sem orgulho avança...

Quero fugir

Mas o corpo maltratado

Agarra aos meus braços com ímpeto

Gritando aos meus ouvidos

Quanto custa a vida

Para quem já não tem mais nada!

 

  


   

 

Pátria Amada            (Érika Lima)

  

 Meus soldadinhos de chumbo,

Lutas, suor e histórias de guerra,

Minha imaginação tornava herói,

Todos os fardados dessa terra.

Desfiles de sete de setembro,

Os olhares respeitosos,

Senhores da nação.

Vislumbravam os passos medidos,

Ouvindo os tambores e os tinidos,

Daquele enorme batalhão.

E eu quis enquanto criança,

Servir minha pátria de todo coração,

Porém deixei o sonho de lado,

E mesmo não sendo um soldado,

Travo novas batalhas dia-a-dia,

Para manter minha dignidade,

Em meio à realidade,

De tantas necessidades que preciso suprir

Para apenas sobreviver,

Enquanto minha pátria querida,

Por quem quis lutar numa faze da vida,

Ainda não me vê!

  


  

 Perguntas 

 

Afinal, quem pode explicar o amor?

Porque muitos não lhe dão valor?

Porque nossa matemática não multiplica a caridade?

Porque muitos pensam que dinheiro é única necessidade?

 

Porque a Geografia não diz a longitude entre a mente e o coração?

Por que muitos não se permitem agir um pouco com a emoção?

Quem entende a natureza humana?

A aparência quase sempre engana!

 

Existe origem científica para o pensamento?

Viver por viver não é suficiente?

Existem em outros planetas vidas inteligentes?

 

Ninguém me disse se a alma tem uma estória...

E que o mistério se esconde no inconsciente da memória?

Vou ficar por aqui com minha filosofia...

Será que as respostas eu terei um dia?

  

 


 

 

Eu

 

Eu ando de pés descalços

Dou bom dia para o espelho

Tomo banho de chuva

Passo às vezes no sinal vermelho.

 

Levanto com os pés trocados

Acordo com o dedo na tomada

Mordo, faço mal-criação

E dou gargalhadas.

 

Só me deito depois das 10

E durmo sem baby doll

E se a noite traz sonhos bons

Não importa quando nasce o sol.

 

Eu danço arrumando a casa

Saio sem rumo para espairecer

Brinco de rimar palavras

E ouço canções para adormecer.

 

Não fecho as pernas para sentar

Não cuido para a roupa não sujar

Não acredito em contos de fadas

Não escolho as palavras para falar.

 

Ainda gosto de Shurato e Cavaleiros

Livros de romance, comédia e Hentay

Do som do violão num tom bem brasileiro

De tudo que é bom e um pouco mais.

 

Érika Lima