Luiza Santos
Manhãs de Sol.
Não temas o crepúsculo.
Por que andastes por tantas manhã
vagando em suas sombras?
És uma morada cheia de luz
e exala um aroma ainda pueril.
Sua vida são versos maduros
que sempre frutificam.
Tens na fronte a marca da vitória
E gera, em dores de parto, a nova criatura
que não se cansa de ser um aprendiz.
Deixe ser tocado...
O verbo pousa sopre ti.
De passagem aquele que a face é o amor.
Tu és um sol e nunca está só.
Luiza Santos
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Sente-se
Não tenha pressa, pessoa amada.
Sente-se e sirva-se de biscoitos amanteigados
Não fique envergonhado, se sentir-se acalentado.
Já faz tantas auroras que te quisera ao meu lado
Demore-se na saída e me enamore na cozinha
Sinta o perfume do jasmim,
Que brotou do meu jardim
Não te preocupes com que há de vir
Tens tanto de mim
E de ti, só peço um sim.
Sente-se, sirva-se e sinta-me.
Inteira e agora
Porque já está na hora
De surgir à aurora
E sem ti, fico perdida de mim.
Não me negues a presença.
O cheiro e o querer
Não mintas que não te importas.
E por favor, não tranque as portas.
Tenho pressa da sua volta.
Luiza Santos
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Eu, estrangeiro
Estranho ser...
Entre tantos antros
Escolher viver
Em singelos cantos
Explorar as terras longínquas
Estranho aos olhos vis e febris.
Esquecer as iras e cobiças
E estar tranqüila em peitos gentis
Entender o que dizem as brisas.
Escolher mais a mirra do que o ouro
Esquecendo-me de fúteis coisas.
Esquentar o meu largo abraço
Estrangular os anseios e medos
E esperar-te sem embaraço.
Autora: Luiza Santos